Os obstáculos à tradução não são só as dificuldades inerentes ao exercício de verter uma língua para a outra... No Irão, por exemplo, equivalem a um bilhete de ida para a cadeia.
Como relata este artigo, Mohammad Soleimani Nia, tradutor de Funny in Farsi, um sucesso de vendas que devolveu o riso a muitos iranianos (antes de ser banido), foi detido e levado para uma prisão algures em Teerão. Ninguém tem notícias dele desde essa altura. Nia passou a fazer parte do grande grupo de jornalistas, bloggers e afins encarcerados sem qualquer respeito pelos seus direitos mais básicos.
Como relata este artigo, Mohammad Soleimani Nia, tradutor de Funny in Farsi, um sucesso de vendas que devolveu o riso a muitos iranianos (antes de ser banido), foi detido e levado para uma prisão algures em Teerão. Ninguém tem notícias dele desde essa altura. Nia passou a fazer parte do grande grupo de jornalistas, bloggers e afins encarcerados sem qualquer respeito pelos seus direitos mais básicos.
Segundo o autor do texto, que é também autor do livro em causa, «um tradutor é um alquimista que transforma a cadência, a voz, o significado e o simbolismo da minha língua para a do leitor, de uma cultura para outra. Alguém que dissemina ideias, aproxima mundos e apaga fronteiras. Este é um trabalho perigoso num lugar como o Irão...».
Estamos longe de viver num mundo com livre circulação de ideias. Há muito a fazer nesse campo. Pode começar-se por aqui, por exemplo.
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