06/03/2012

Referências bibliográficas

  São o pesadelo de muitas pessoas, incluindo alunos de licenciatura e profissionais experientes. Chegada a altura de citar as obras usadas como referência para o que se escreveu, como dispor os elementos? Segue-se a tradição ou as normas da APA? Que é isso da APA? Não posso usar os meus critérios? 

  Seria mais fácil para todos se existisse uma norma e esta fosse seguida universalmente. Foi o que pensaram vários indivíduos e instituições. Assente a poeira, acabou por se fixar um número limitado de estilos, caso contrário ninguém se entendia. Pode-se usar um ou outro critério, desde que de modo coerente ao longo de um mesmo texto/livro. Em Portugal, a instituição que zela por estes assuntos é Instituto Português da Qualidade. Compilou as normas para os vários casos, explicitou-as e é o guardião das regras estabelecidas. Creio que para termos acesso às normas temos de as comprar. Não sei ao certo como se processa essa parte, mas ouvi dizer que não são baratas. Tenho um conjunto de fotocópias de fotocópias desses documentos e, em caso de dúvidas, recorro a elas. São de navegação difícil, tal a minúcia, mas está lá tudo. 

De forma consciente ou não, com mais ou menos retoques, entre nós costumava usar-se a norma portuguesa (NP). A certa altura, os ventos anglo-saxónicos começaram a soprar e a impor as regras da APA para aceitação de artigos científicos em publicações e afins. (A APA é a American Psychological Association). Depois, há o manual de Chicago. E o estilo MLA. E não fica por aqui. Assim, entre várias diretivas consagradas, as da instituição/editora e as do juízo do autor instalou-se a confusão. 

Uma função rotineira dos revisores é normalizar a secção das referências bibliográficas (seguindo as orientações dos autores ou dos editores, que elegem um dos muitos critérios disponíveis), e a tarefa costuma ser trabalhosa, demorada e de grande responsabilidade. Nem sempre temos os manuais à mão e só alguns estão on-line, o que resulta em perdas de tempo acrescidas. 

Felizmente, houve quem se lembrasse de resumir as várias normas e estilos num só documento explícito. A Universidade de Aveiro disponibilizou recentemente um PDF para download gratuito e estou certa de que será útil a colegas, autores e editores. Com esta ferramenta, o trabalho fica facilitado e rapidamente passamos a falar todos a mesma linguagem.
Aproveitem e divulguem! 


PS: Voltarei a falar de secções bibliográficas em posts futuros, pois o assunto tem que se lhe diga.

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