Gramática
da Fantasia, de Gianni Rodari, editado pela Caminho, é um dos livros
mais maravilhosos com que algum dia me cruzei. Com frases como «Se, apesar de
tudo, não tivéssemos esperança num mundo melhor, quem nos convenceria a ir ao
dentista?», faz da teoria pura diversão. É como se Hegel, os irmãos Grimm, Saussure,
um cão com um armário às costas, Freud, o Capuchinho Vermelho, Novalis e a Branca
de Neve se juntassem à volta de uma fogueira a conversar sobre como nascem as
histórias.
Li-o há alguns anos e volto sempre a ele com
deleite. Recomendo-o vivamente a todos os que gostam de ler, de inventar e de
existir, sejam autores de livros para crianças, pais, psicólogos, filósofos,
madrastas, príncipes ou sapateiros. (A Feira do Livro está à porta, é
aproveitar.)
A tradução, belíssima, é de José Colaço
Barreiros, e, pelos
vistos, deu trabalho.
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