Em português, o existir é impessoal.
Não, não falo do livro de José Gil, refiro-me às subtilezas da nossa língua. O verbo «haver», no sentido de «existir», é sempre usado na terceira pessoa do singular. Não se diz «haviam flores naquele jardim» ou «vão haver mais oportunidades». O sujeito pode ser plural, mas a forma correcta é «havia flores» ou «vai haver mais oportunidades».
Noutros sentidos que não o de existência, o plural de «haver» já se admite. Por exemplo, em «eles haviam percorrido muitos quilómetros», «haviam» está correcto, pois neste caso «haver» funciona como um verbo auxiliar e não como um verbo existencial.
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