Já várias pessoas me têm perguntado porque*
escrevo segundo o novo Acordo Ortográfico, tanto aqui no blogue como no site, já que nem simpatizo com ele. De
facto não simpatizo, pois parece-me mal pensado a vários níveis. Porém, a
maioria das instituições (editoras, institutos, marcas) já o adotou. Se a
maioria dos meus clientes faz essa opção, uma vez que tenho porta aberta — isto é, presto um serviço comercial —,
não tenho outra solução senão adaptar-me. Posso não concordar pessoalmente, mas
profissionalmente faz sentido que siga a direção dos clientes. Além disso, na
(minha) prática, as mudanças não são assim tão dramáticas e difíceis de
executar. Para ser franca, ao fim de alguns meses, projeto já me sai sem o c. (Lembram-se
da passagem do escudo para o euro?)
Posso não gostar da mudança e da maneira como
tentam impô-la, mas, seja como for, ainda bem que me consigo adaptar. Se um autor quiser usar a grafia antiga, terei o maior gosto em segui-la; se outro cliente optar por usar a nova grafia, não hesitarei em acompanhá-lo.
Quanto ao que aí vem, é esperar
para ver. Será o AO anulado, uma vez que faltam ratificações? As
mudanças anunciadas pelo secretário de estado serão grandes? Quando e como acontecerão? Até que a poeira assente, usarei o NAO, já que a maioria o impôs,
pelo menos a título temporário.
* Em breve farei um post sobre o porque e por que.
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