Não basta escrever «em anexo segue o CV», deve aproveitar-se para dizer mais, suscitar curiosidade no recrutador e, sobretudo, iniciar um diálogo.
Um CV é a história de um percurso em tópicos (ver este artigo), mas a narrativa determinante é a carta de apresentação. É nela que o candidato se dá a conhecer realmente — não só a sua experiência, mas também a sua personalidade e os seus conhecimentos.
Um CV é a história de um percurso em tópicos (ver este artigo), mas a narrativa determinante é a carta de apresentação. É nela que o candidato se dá a conhecer realmente — não só a sua experiência, mas também a sua personalidade e os seus conhecimentos.
Não há receitas universais nem fórmulas fixas para cartas de apresentação, e ainda bem, pois devem ser o mais personalizadas possível. Contudo, há algumas dicas genéricas que podem ajudar-vos a escrever um texto mais apurado, que vos traga melhores resultados. Se seguirem estas pistas, estarão no bom caminho:
Obrigatório
— Descrever-se sucintamente. Parece simples, mas há muitas pessoas que se esquecem de o fazer ou que se alongam quando o fazem.
— Mostrar que se está familiarizado com o cargo e a instituição. É indispensável mostrar que sabe a quem se dirige e o que está em causa.
— Explicar porque se quer candidatar ao cargo. Não basta demonstrar interesse, é preciso justificá-lo.
— Dizer porque acredita ser a pessoa indicada para o lugar. É a sua oportunidade de mostrar que é um candidato interessante.
— Referir a disponibilidade para uma entrevista. Aludir à sua disponibilidade é uma forma de convidar o recrutador a entrar em contacto consigo.
— Mostrar que se está familiarizado com o cargo e a instituição. É indispensável mostrar que sabe a quem se dirige e o que está em causa.
— Explicar porque se quer candidatar ao cargo. Não basta demonstrar interesse, é preciso justificá-lo.
— Dizer porque acredita ser a pessoa indicada para o lugar. É a sua oportunidade de mostrar que é um candidato interessante.
— Referir a disponibilidade para uma entrevista. Aludir à sua disponibilidade é uma forma de convidar o recrutador a entrar em contacto consigo.
Proibido
— Erros ortográficos. Ainda é preciso explicar porque são prejudiciais e evitáveis?
— Carta «chapa 5», igual para todos os casos. Se não tratar o recrutador como alguém único, não espere que ele o trate a si de forma diferente. Perca dez minutos com adaptações e as suas hipóteses de sucesso disparam.
— Repetir tudo o que está no CV. São documentos diferentes, que cumprem funções distintas. Um deve gerar curiosidade pelo outro e acrescentar dados novos.
— Formalidade ou informalidade excessivas. Não convém ser demasiado distante ou «automático», mas ser-se demasiado afável num primeiro contacto também não é bom. Procure um equilíbrio entre a cerimónia e o à-vontade.
— Querer dizer tudo. De preferência, o tempo de antena deve ser limitado a uma página. Refira só o mais importante, aquilo que quer destacar, e deixe o resto para a entrevista.
Recomendável
— Usar um modelo de carta simples, com um tipo de letra sóbrio. A carta deve ter um aspeto profissional, ordenado e limpo.
— Objetividade. Comunique de forma clara e não repita ideias. Evite a lisonja, a gabarolice e a humildade excessiva.
— Seguir as convenções sem cair em lugares-comuns. Os recrutadores esperam que siga a tradição nalguns aspetos, mas não querem ler mais uma carta igual a todas.
— Autenticidade. A autenticidade é fundamental para criar uma ligação com o leitor. Assim, não use linguagem que não domine e não queira parecer o que não é (o esforço nota-se e oculta o seu real valor). A pessoa que escreve a carta deve coincidir com a que vai à entrevista.
Lembre-se
— Refira quaisquer vantagens adicionais. Se tem algumas vantagens que possam ser determinantes para a sua seleção (por exemplo, se é desempregado de longa duração e há benefícios fiscais na sua contratação), não espere pela entrevista para o revelar. Se essa informação não se enquadra no texto, mencione-a numa nota no fim da carta.
— Refira quaisquer condicionamentos. Se tem algum condicionamento grande, este é o local indicado para o referir. Se espera pela entrevista para dizer que em breve terá de se ausentar definitivamente do país, por exemplo, o mais provável é que esteja a desperdiçar o tempo de todos.
— Peça ajuda. Se não está 100% seguro em relação à correção, à coerência e à fluidez do que escreveu, contacte um revisor de texto profissional. O investimento é mínimo e o resultado será um texto polido e com as arestas limadas, que aumentará em muito as suas hipóteses de causar uma boa primeira impressão.
Depois há uma série de questões que são relativas e, na verdade, secundárias. Devo enviar uma carta à parte ou escrevo tudo isto no próprio e-mail? Se envio uma carta anexa ao e-mail, como devo assiná-la? Não havendo regras e não sendo decisivo na imagem que se transmite, isso já pode ficar ao critério de cada um.
Boa sorte!
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