Há algumas críticas a que os autores bem se podiam poupar... Sermos acusados de erros ortográficos, gramaticais, de sintaxe, de estilo e relativos a factos históricos, entre outros, é uma vergonha; recorrer a um revisor/editor de texto não é. Ernest Hemingway bem o sabia, por exemplo.
Admitir que somos falíveis é o primeiro passo para a perfeição*. Se escreve e suspeita que algumas das suas faculdades estão menos apuradas do que outras, ou mesmo que não suspeite de nada, jogue pelo seguro e fale com quem sabe do ofício — ou obrigue a sua editora a fazê-lo por si.
Domingos Amaral e a Casa das Letras podiam ter evitado algumas destas (e destas, e destas, e destas) críticas recentes se tivessem recorrido a um profissional. Não se justifica que um autor conhecido e uma chancela como essa deem à estampa um livro cheio de incongruências. Cabe a ambos garantir que um profissional competente — o editor? um revisor externo? um editor (no sentido inglês do termo)? — lê o manuscrito e assinala tudo o que estiver errado ou parecer estranho, para melhoramento/correção.
Nenhum revisor ou editor pode tornar um mau texto numa obra genial (embora haja alguns casos do género), mas eles existem para proteger até onde for possível o nome da obra, do autor e da editora.
Fuja dos erros de palmatória como o Diabo da cruz. Do meu ponto de vista, não há crítica mais demolidora do que «eles não se deram ao trabalho».
*A perfeição não existe, mas somos todos convidados a tentar lá chegar.
Fuja dos erros de palmatória como o Diabo da cruz. Do meu ponto de vista, não há crítica mais demolidora do que «eles não se deram ao trabalho».
*A perfeição não existe, mas somos todos convidados a tentar lá chegar.
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