A utilização da vírgula dá dores de cabeça a muita gente. Embora haja algumas regras, também há muitas exceções e espaço para a subjetividade. Há vírgulas obrigatórias e proibidas (sempre com salvaguardas), que mudam completamente as ideias numa frase, mas também há vírgulas de estilo, que tanto podem lá estar, como não. A somar a isto há ainda o espírito da época, que ora subtilmente preconiza o uso profuso da vírgula, ora recomenda a contenção. Perante este cenário, como não ficarmos confusos? O melhor mesmo é conhecermos bem as normas principais e, no que diz respeito às outras situações, valermo-nos dos nossos sensibilidade e bom senso.
Em português, as vírgulas são um assunto complicado, mas não é só na nossa língua que elas podem representar um problema. Até no inglês, sempre tão conciso e prático, há casos dúbios. Exemplo disso é a famosa oxford comma – uma vírgula que se costuma usar depois do último elemento de uma enumeração –, que alguns entendem essencial e outros, supérflua. Tão controversa é esta vírgula que até existem músicas em sua honra:
Há debates acesos entre escritores, revisores e editores sobre se uma vírgula deve lá estar ou não. Entre académicos, as discussões são ainda mais sérias. Feitas as contas, esta coisa das vírgulas importa muito? Importa qualquer coisa. Mas, por mim, desde que o texto se mantenha claro e escorreito, deve haver liberdade. E vocês, o que acham? Quanto mais vírgulas melhor ou o mínimo possível?
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