Estas duas letrinhas – de – são, para algumas pessoas, as mais difíceis de gerir. Não me refiro ao «de» dos apelidos e sim ao «de» mais prosaico que devemos pôr aqui e ali para que o que dizemos e escrevemos faça sentido. Deparo todos os dias com exemplos de má utilização do «de», em que ele ora lá está, ora está em falta. Exemplos? Cá vão dois:
Ele chamou-me
Deite fora coisas [de] que já não precisa.
No primeiro caso, o «de» não faz falta alguma, basta dizermos «ele chamou-me estúpida» (temos muita pena, estamos certos de que foi injusto). No segundo caso, precisamos de um «de», porque precisamos de coisas, não precisamos coisas (precisar coisas é ser mais específico em relação a coisas).*
*Quanto a este último exemplo, há quem admita a ausência do «de», mas a meu ver devemos empregá-lo aqui, evitando ambiguidades.
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