No blogue do Goodreads, encontrei o seguinte gráfico sobre livro deixados a meio, o que nos leva a fazê-lo, quais os mais abandonados, etc. Há muitas pessoas que se recusam a deixar livros (e filmes e refeições) a meio, mesmo quando não estão a gostar, mas muitas outras – como eu –, desistem se a experiência não lhes está a saber bem, seja por qual for o motivo. O motivo costuma ser a parte mais interessante do abandono. Já tenho largado um livro por a história não me estar a convencer, não gostar da linguagem usada, o autor nada ter de novo para me dizer, por não estar a perceber o objetivo de tudo aquilo ou por outras razões. Insisto, mas se o esforço não compensa, acabo por desistir de ler.
Quando alguém deixa um livro a meio, geralmente fá-lo zangado, porque ficou desiludido, ou então apático, porque simplesmente se desinteressou. Porém, descobri que nem sempre é assim. Há pouco tempo, larguei uma leitura a meio propositadamente e dei-me por completamente satisfeita: já tinha lido metade da obra, belíssima, imaginei o que aconteceria no fim (o que a contracapa - maldita - mais tarde confirmou) e sabia que o resto do texto seria igualmente belo. Só não seria surpreendente, nem na qualidade literária nem no enredo. Por isso, deixei-o a meio e parti para o seguinte. Já vos aconteceu o mesmo?
Se estão curiosos com o livro que larguei a meio, posso dizer-vos que foi O Templo Dourado, de Mishima. :)
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