06/12/2013

Ensinamento n.º 1

Há uns anos, fiz um curso de escrita criativa com o Rui Zink. Colhi daí várias ideias que entretanto esqueci e também uma ou outra que ficarão comigo para sempre. O mais importante que aprendi (confirmei) foi sobre mim e não sobre a escrita em si: que gosto mesmo de palavras e que elas também não se dão mal comigo. O principal ensinamento, esse, é transmissível:

À primeira sai sempre piroso, só lugares comuns; à segunda tentativa melhora.

Acredito que a grande diferença entre um bom escritor e um escritor fraco é que, em geral, este último se contenta com a primeira versão. Esta é uma ideia que tanto os perfecionistas, que querem produzir uma obra-prima assim que pousam a caneta no papel, como os desleixados, que não estão para ter trabalho, devem manter por perto (ainda que, por vezes, as coisas até saiam boas logo à primeira).

Boa sexta-feira!

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