Linguagem e política são termos praticamente sinónimos, o que é natural e inevitável. Contudo, esta realidade manifesta-se, por vezes, de formas bizarras, como no caso do discurso «politicamente correto», que redunda sempre em disparate. Seja pelo eufemismo escusado, pela corrupção do sentido original das palavras ou pela complicação desnecessária das ideias, este alegadamente «correto» fere os ouvidos de quem ouve e os olhos de quem lê.
Um último exemplo disto foi protagonizado por Jerónimo de Sousa, há uns dias, que, num comício, afirmou que «é mais fácil apanhar um mentiroso do que um deficiente de uma perna». Subverter desta forma um dito popular, especialmente por parte de um político que se gaba de denominar os bovídeos pela respectiva nomenclatura, é um verdadeiro ato de contorcionismo linguístico e ideológico.
Não se negue nem subestime o poder da linguagem. Combatam-se as tolices deste género. Se não estivermos atentos, o que começa num «recepcionar» rapidamente passa a eduquês e, num instante, estamos todos a falar a novilíngua.
Um último exemplo disto foi protagonizado por Jerónimo de Sousa, há uns dias, que, num comício, afirmou que «é mais fácil apanhar um mentiroso do que um deficiente de uma perna». Subverter desta forma um dito popular, especialmente por parte de um político que se gaba de denominar os bovídeos pela respectiva nomenclatura, é um verdadeiro ato de contorcionismo linguístico e ideológico.
Não se negue nem subestime o poder da linguagem. Combatam-se as tolices deste género. Se não estivermos atentos, o que começa num «recepcionar» rapidamente passa a eduquês e, num instante, estamos todos a falar a novilíngua.