A maioria das pessoas pensa no revisor de texto como alguém que sabe tudo sobre português, um prontuário ortográfico com pernas que tem a gramática na ponta da língua.
É frequente fazerem-me perguntas acerca disto e daquilo e eu hesitar na resposta. No início ficava embaraçada. As pessoas esperam que eu saiba com certeza uma infinidade de coisas. O problema é que a minha função não é saber, é duvidar.
Um revisor define-se pela consciência que tem das suas limitações, não pelo seu volume de conhecimentos. É claro que deve ter uma bagagem essencial, mas, acima de tudo, deve ser capaz de reconhecer o que não sabe e de procurar as respostas. Um revisor duvida constantemente — do que pensa que sabe, dos seus olhos, da sonoridade das frases, da coerência das ideias no texto. Põe tudo em causa, a começar por si. Se não tiver uma personalidade sólida, pode mesmo duvidar do seu próprio valor.
Como tenho muitas dúvidas, já sei onde devo ir procurar as respostas. Sou boa a encontrá-las e a integrá-las no trabalho em causa. Há um rol de conhecimentos-base que tenho de ter, mas passo o dia a consultar dicionários, enciclopédias, gramáticas, colegas, fóruns e afins. Não pretendo ter todo esse conhecimento armazenado na cabeça (ai de mim!), o que sei é descobri-lo e aplicá-lo da melhor forma.
É claro que ao fim de algum tempo retenho bastantes coisas e já não preciso de ir verificar, mas, ainda assim, quantas vezes não vou ao dicionário confirmar a grafia de palavras banais só para ter meeesmo a certeza...
Resumindo, um bom revisor não é um oráculo omnisciente. Se presumir que tudo sabe, o mais certo é cair na primeira armadilha. Sobretudo, o bom revisor não é um sabichão arrogante que do alto da sua erudição presunçosa aponta a falha alheia com um ar triunfal, é um profissional sensível e sensato, solidário com quem erra, pois sabe o fácil e o difícil que é estar nessa posição.
É frequente fazerem-me perguntas acerca disto e daquilo e eu hesitar na resposta. No início ficava embaraçada. As pessoas esperam que eu saiba com certeza uma infinidade de coisas. O problema é que a minha função não é saber, é duvidar.
Um revisor define-se pela consciência que tem das suas limitações, não pelo seu volume de conhecimentos. É claro que deve ter uma bagagem essencial, mas, acima de tudo, deve ser capaz de reconhecer o que não sabe e de procurar as respostas. Um revisor duvida constantemente — do que pensa que sabe, dos seus olhos, da sonoridade das frases, da coerência das ideias no texto. Põe tudo em causa, a começar por si. Se não tiver uma personalidade sólida, pode mesmo duvidar do seu próprio valor.
Como tenho muitas dúvidas, já sei onde devo ir procurar as respostas. Sou boa a encontrá-las e a integrá-las no trabalho em causa. Há um rol de conhecimentos-base que tenho de ter, mas passo o dia a consultar dicionários, enciclopédias, gramáticas, colegas, fóruns e afins. Não pretendo ter todo esse conhecimento armazenado na cabeça (ai de mim!), o que sei é descobri-lo e aplicá-lo da melhor forma.
É claro que ao fim de algum tempo retenho bastantes coisas e já não preciso de ir verificar, mas, ainda assim, quantas vezes não vou ao dicionário confirmar a grafia de palavras banais só para ter meeesmo a certeza...
Resumindo, um bom revisor não é um oráculo omnisciente. Se presumir que tudo sabe, o mais certo é cair na primeira armadilha. Sobretudo, o bom revisor não é um sabichão arrogante que do alto da sua erudição presunçosa aponta a falha alheia com um ar triunfal, é um profissional sensível e sensato, solidário com quem erra, pois sabe o fácil e o difícil que é estar nessa posição.